A ENDIAMA faz notar que o mercado diamantífero atravessa uma crise, tendo, por isso, vendido menos que o esperado e tem em "stock" por vender, mais de três milhões de diamantes.
A informação consta da apresentação dos dados definitivos do sector referentes ao ano de 2024, apresentado esta quarta-feira,15, em Luanda, pelo presidente do conselho de administração da diamantífera angolana, Ganga Júnior.
Segundo o PCA da ENDIAMA, a produção até ao ano de 2023 rondava, em média dos últimos anos os 9,5 milhões de quilates, mas, de forma excepcional, no ano passado atingiu os 14 milhões, sem que isso tenha servido para aumentar o valor das receitas, tendo mesmo sofrido uma redução de 1,5 milhões para 1,4 milhões de dólares.
Isto, porque os preços dos diamantes angolanos ficaram 55% abaixo do planificado em 2024, assegurou o responsável, o que deixa perceber que a trajectória do sector em Angola (ver links em baixo) sofreu um abalo face aos objectivos.
Segundo Ganga Júnior, apesar das dificuldades, a ENDIAMA mantém-se firme e tem sabido honrar os seus compromissos administrativos e sociais.
Ainda assim, o subsector dos diamantes contou com mais de 28 mil postos de trabalho no ano passado, mais quatro mil comparativamente ao ano de 2023. Mantendo a perspectiva de, até 2027, ter um aumento para os 35 mil postos de trabalho.
Apesar da complexidade da situação gerada pela crise internacional neste sector, a ENDIAMA quer continuar a produzir e perspectiva arrecadar em 2025 receitas para os cofres do Estado acima dos 2 mil milhões USD.
Segundo os dados da diamantífera, as minas de Catoca e Luele são as que mais produziram diamantes em 2024.